No dia 25 de novembro é celebrado o “Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher”. Sabe-se que no Brasil, 37% das mulheres sofrem algum tipo de violência física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial e que a cada nove horas, uma mulher é vítima de feminicídio em nosso país. Esses e outros dados alarmantes, evidenciam a importância da data e da existência de ações efetivas que busquem fortalecer o enfrentamento à violência contra a mulher no país e no mundo.
A data tem origem no ano de 1981 na cidade de Bogotá, na Colômbia, em virtude de organizações de mulheres de todo o mundo que se reuniram em homenagem às três irmãs Mirabal, vítimas de tortura e assassinato ao se oporem à ditadura do dominicano Rafael Leónidas Trujillo. A partir desse momento, essa data passou a ser conhecida como o “Dia Latino Americano da Não Violência Contra a Mulher”. Em 1999, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu a data como o ”Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher”, com o intuito de estimular os governos e a sociedade civil em todo o mundo a promoverem intervenções em busca de extinguir com a violência contra à mulher.
Nesse contexto, surgiram “Os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” que se inicia no dia 25 de novembro, “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres”, no dia 06 de dezembro comemora-se o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, e por fim, tem-se no dia 10 de dezembro, o “Dia Internacional dos Direitos Humanos”. Essa campanha foi iniciada em 1991 por ativistas no Instituto de Liderança Global das Mulheres e continua a ser coordenada anualmente pelo Centro para Liderança Global das Mulheres.
O atual contexto elucida a necessidade dessa data, visto que durante a pandemia do coronavírus, as mulheres ficaram ainda mais expostas aos seus agressores durante o isolamento social. É estarrecedor constatar que o número de feminicídio aumentou 22% em 12 estados brasileiros entre os meses de março e abril de 2021. Dessa forma, é importante lembrar que a luta pela não violência contra a mulher é diária e, sem dúvidas, é papel de todos, homens e mulheres.
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