Fotografia de Bia Domingues, 2020.
Como uma boa “quarentenada’’, aproveitei o friozinho de terça-feira à noite para assistir a um filminho leve com a minha mãe, já que muitos programas da Tv andam bem pesados. Pois bem, decidimos ver A Era do Gelo: O Big Bang. Apesar do nome, o filme infantil não trata do começo do mundo, mas sim do fim, porque o Scrat, ao perseguir sua noz, lançou acidentalmente um asteroide na Terra.
Ao ver a rocha se aproximando, os animais entraram em desespero por ser “o fim do mundo” e por terem seus planos adiados. Sid até reclamou de os idosos serem os primeiros a sofrerem as consequências, situação bastante parecida com a pandemia da Covid-19.
Porém, graças à ciência da doninha Buck e da união de toda sua equipe, incluindo os seus inimigos que logo perceberam que não fazia sentido a rivalidade entre eles, o asteroide pôde ser desviado da Terra e o mundo foi salvo.
Acabou o filme e voltei para a minha realidade, cuja situação logo mudará também, e da mesma maneira que EM A Era do Gelo, pois é através da ciência que virá a possível vacina, e através da união entre os profissionais de saúde, governos e sociedades, para ela poder ser distribuída para todos.
Ok, mas e depois disso, acontecerá o quê? Com certeza haverá uma continuação a mais do que uma simples dancinha no final seguida de letreiros. Haverá a necessidade de reajustar o modelo de padrão social para que todos possam finalmente viver “felizes para sempre”, na medida do possível e do saudável.
O termo bastante disseminado,“novo normal”, terá de ser levado ao pé da letra, pois o mundo nunca foi normal e, portanto, precisa ser novo. Ele tentaria arrumar o que há tempos precisa de ajuste, e afinal a pandemia só ajudou a agravar, tais como: a crise na Saúde Pública, o investimento na Ciência e na Educação, a desigualdade em diversas áreas, entre outros vários problemas.
Bom, falando assim parece até que viveríamos numa “Geotopia”, que no filme infantil seria o modo de vida ideal no interior do asteroide. Mas não, de semelhança nós só temos o chefe que também é egoísta, que se recusa a ajudar o país, e tem um guru, assim como o chefe e guru Shangri Lhama.
Nós viveríamos muito além do interior de uma rocha, seria uma geografia inteira, não perfeita porque não teria como, mas melhor porque já teria outro chefe e os idosos poderiam viver bem. No entanto, antes de pensar no depois, é preciso viver no agora, para o qual nem tem vacina ainda.
Com calma, serenidade, e mantendo a mesma esperança reacendida pelo próximo filme infantil, vou vivendo no mundo com pandemia de Covid-19.
Autora: Gabriela Moreira Lima - Estudante de Jornalismo da UFSJ e produziu este texto sob a orientação do professor Paulo Henrique Caetano.
Atividade extra-curricular promovida pelo Curso de Comunicação Social - Jornalismo, pelo Observatório da Saúde Coletiva e pelo Site Notícias Gerais.
Originalmente publicado no Notícias Gerais, em 21/06/2020. Disponível em:
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