Mulheres: experiências em coletivos
- Nesc
- 10 de ago. de 2021
- 2 min de leitura

Participar e fazer extensão é uma das melhores experiências que se pode ter na graduação, visto que aprendemos juntos enquanto vamos desenvolvendo o projeto. Uma das minhas experiências foi com o Programa Entre idas e vindas que tem como foco o estudo e a criação de alternativas para o combate a violência contra a mulher.
O trabalho consistia em fazer entrevistas com as pessoas responsáveis pelos pontos da rede de enfrentamento à violência contra a mulher, isso incluía tanto pessoas da rede de saúde, da rede de assistência social e da rede de justiça, como delegacia de mulher. Assim, a partir desse mapeamento foi criada uma cartilha que contém todos os dispositivos da rede assim como o fluxo correspondente a cada área citada anteriormente.
Foram dois anos de intenso trabalho, mas de muito crescimento tanto pessoal quanto profissional. Reunimo-nos todas as sextas de manhã e durante esse período crescemos juntas e era possível se inspirar e se fortalecer perto de tantas mulheres maravilhosas. Tínhamos discussões teóricas sobre o conceito de violência contra a mulher, discutimos sobre redes de saúde e com isso os pontos que já tínhamos elencados da rede de assistência de São João del Rei . Dessa forma foi se criando um desenho do material depois produzido e divulgado para toda a comunidade.
O grupo composto pelas alunas e as duas professoras coordenadoras do projeto era um momento de refúgio e acolhimento, trabalhar com violência contra a mulher é muito delicado e toca em várias questões relativas às mulheres que podem machucar, mas ainda sim, ver um parte do trabalho concluído só dá mais força para continuar enfrentando à violência.
Outro grupo que fez parte da minha história é o Fórum de Mulheres das Vertentes, lembro como se fosse hoje o dia em que conheci o grupo, formado e organizado por mulheres de São João del Rei que desde seu início coloca em pauta as causas das mulheres, seja a violência contra a mulher, seja a violência obstétrica, assim como diversas outras pautas.
Era uma quinta feira de manhã, eu e umas amigas íamos ao centro participar da feira de orgânicos da UFSJ, chegando lá fomos surpreendidas com um ato do Fórum. Vimos uma movimentação de mulheres que compartilhavam o café da manhã e ficamos por ali perto, até que a reunião ia começar e fomos convidadas a participar.
O grupo estava começando a se estruturar, falaram um pouco sobre seus objetivos e das mobilizações futuras pretendidas e com isso passamos nossos números de telefone para sermos adicionadas ao grupo, a partir daí começamos a participar dos movimentos e das reuniões semanais e o que fica na minha cabeça é a importância desse movimento em uma cidade do interior de Minas Gerais, para dar apoio e levar essa discussão aos bairros mais pobres da cidade.
Naquele momento o que ficou em minha cabeça parecia um encontro de águas, que juntas têm mais força para enfrentar os eventos adversos que surgem no caminho.
[Bárbara Diniz Viana. Estudante de psicologia da UFSJ, integrante do Estágio Extensionista no OBESC. 05 de agosto de 2021]. Diários da Educação: Série Extensão Universitária.
Fotografia de Richard Neves.

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